29/03/2022 às 10h07min - Atualizada em 29/03/2022 às 10h06min

Aliança natimorta

Prisco Paraíso

Prisco Paraíso

Comentarista Político

Semana decisiva para as definições que vão estabelecer o quadro sucessório em SC com vistas ao pleito de outubro. 2 de abril é o prazo fatal para a renúncia de prefeitos que desejam participar das eleições. Duas datas estão marcadas já há algum tempo. Gean Loureiro, da Capital, deixa o comando do Executivo no dia 31. Passa a prefeitura para o empresário Topázio Neto, que está sem partido.
Antídio Lunelli renúncia no dia 2. A prefeitura de Jaraguá do Sul ficará com o também empresário Jair Franzner. São do mesmo partido, dobradinha estabelecida já pensando nas eleições deste ano.
Em 2020, Antídio fez um apelo ao seu então vice, Udo Wagner, do PP, para encaminhar a troca de parceiro eleitoral.
Deu certo. Ali já estava desenhado o quadro para 2022 sob a ótica de Antídio.

Dúvidas, dúvidas

Com relação aos outros alcaides que ensaiaram entrar no jogo, sobram dúvidas e faltam certezas. João Rodrigues, de Chapecó, está fazendo toda uma movimentação, com direito a duas festas de aniversário, uma na sexta e outra no sábado. Mobilizou amigos, apoiadores e lideranças políticas.

Complicado

Só que aquilo que já vínhamos destacando por aqui desde quinta-feira, está se materializando. Clésio Salvaro, de Criciúma, não vai renunciar. Não importa se é o quarto mandato dele. Deixar o comando do paço de uma cidade do porte de Criciúma, avisando que já ia ser vice? Como assim? A resposta de Gean Loureiro foi muito mais inteligente diante desta imposição que se armava. Olha, posso até ser vice, mas precisa ter pesquisa, critérios claros, retrucou Gean quando esteve com o colega do Oeste.

Guri pequeno

Outro aspecto: a chapa que ainda nem nasceu parece um daqueles joguinhos infanto-juvenis, quando imperam o medo a indecisão: olha, se você for eu vou, vai você que daí eu vou, se você não for eu não vou. Estão de brincadeira só pode. Política, no entanto, pelo menos à luz do dia, deveria ser coisa séria. Estamos falando de um joguete que envolve quase 450 mil pessoas diretamente, número que é quase as populações somadas de Criciúma e Chapecó.

Tamanho

Outro aspecto. Salvaro tem mais estofo, mais tamanho do que João Rodrigues. Sem sombra de dúvidas. Não se pode esquecer que o chapecoense enfrentou momentos muito difíceis recentemente. Teremos exploração eleitoral das mais variadas se ele for candidato. Prisão na Papuda, lista da Interpol e por aí vai.

Outra incógnita

Também temos escrito aqui que Luciano Hang pode não ser candidato ao Senado. O contexto é diferente, mas a perspectiva é a mesma. Trata-se de um empresário bem sucedido. Irá se expor nesta chapa e no pleito sangrento deste ano?

Avaliando

Ah, então ele fechará com o senador Jorginho Mello. A conferir. A sensação, no entanto, é que o dono da Havan deve sair do processo ou então pegará um pequeno partido para ser candidato à Câmara Alta sem concorrente ao governo. Não daria garupa a ninguém.

Andando em círculo

O prefeito de Chapecó deve seguir onde está. É uma situação até meio patética. Pra ele e os articuladores, tendo à frente o deputado Julio Garcia e o chefe da Casa Civil, Eron Giordani.

Pivô

Verdade que este último foi fundamental para aprovar vários projetos, inclusive da Reforma da Previdência, na Alesc. Tudo dentro dos conformes, mas foi só o governador não topar assinar ficha no MDB, dentro de uma grande aliança projetada pelo grupo, que João Rodrigues e Julio Garcia pularam fora. Estavam com o governador.

Aqui, não

Moisés da Silva não quis cabresto, não quis se submeter a práticas conhecidas, subterrâneas no campo administrativo. Estas torneiras foram fechadas.

O governador prefere ir pra casa preservando o seu mandato do que conquistar um novo negociando até a medula.

Ao fim e ao cabo, tem tudo para morrer na casca essa articulação de parte do PSD.

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